segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Vintage

Saudades de um tempo que não vivi!

É estranho mas talvez isso explica minha paixão por roupas vintage. Elas transmitem uma história de outra época e costume.

Pra quem ainda não sabe diferenciar o vintage e o retrô: Vintage são peças que tem pelo menos vinte anos de existência (são originais da época) e que foram conservadas com o passar do tempo.
Retrô são peças que remetem a uma década, mas que foram fabricadas recentemente pela indústria da moda. É uma replica, uma ideia antiga resgatada.

Hoje é comum se confundir, principalmente quando se trata de estilos anos 70 e 80. Por isso, para saber se uma roupa é original antiga deve se levar em conta suas características e aspectos bem como texturas, tecidos e etiquetas.

As roupas vintage geralmente são encontradas em brechós ou no guarda roupa das nossas avós.

Como usar roupa de época? 
A dica é: Use uma peça vintage com outra da moda ou tendência. Fica show!
Há quem goste de usar da cabeça aos pés, eu já fiz isso. Mas pra isso tem de estar preparada para críticas e tititis. Use o bom senso. Não é aconselhável se vestir totalmente vintage em ocasiões festivas, cerimoniais ou em alguns cargos no trabalho. Isso porque a própria sociedade impõe um padrão de estilo de acordo com o tempo e tendência.

As roupas são como o vinho, que quanto mais velho melhor fica, basta saber cuidar e armazenar. As que se mantiveram guardadas e conservadas durante anos, são únicas e por isso merecem mais apreço. Elas são indispensáveis no meu guarda roupa. Tenho várias peças que amo e quero compartilhar com vocês. Algumas uso bastante, outras menos, e faço várias combinações.

Sobre alguns preconceitos que as pessoas tem sobre roupas que já foram usadas ou que pertenceram a pessoas que já morreram eu penso que, a roupa é feita de tecido, tecido se lava. A roupa pertence a loja e depois pertence a quem compra ou ganha de presente então ela passa ser sua. Roupas novas precisam ser experimentadas então pela lógica passa por um corpo, por outras mãos por outras pessoas.
Enfim quem tem esse pensamento perde duas oportunidades, a de usar roupas exclusivas pagando menos e a de compartilhar, que é muito importante.

Esses looks a seguir são os que uso muito.


Adoro esta jaqueta vintage. Estilo romântico.

Este tailleur é o que eu mais uso em dias menos quentes ou dias chuvosos. Me sinto super a vontade 
nesse conjunto. O tecido é confortável.

Esta blusa é maravilhosa. Gosto de combinar com jeans e esse cinto 
da moda Obi belt que marca bem a cintura.

A camisa vintage é de seda mista e com detalhes bordado antigo. Fica bem com tudo.

Esse trench coat também uso muito. Me sinto mais poderosa. Ele é definitivamente lindo e simples.

O clássico xadrez nunca sai de moda, mas esse é vintage!


Com saia também fica legal. Gosto dos botões dela, são enormes.

Todas as peças vintage foram adquiridas no Via Brechó em Campinas.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Look SUPER...mercado!

Quem já se produziu para fazer compras em Supermercado?

Dia de fazer compra em supermercado geralmente é no fim de semana, quando dá tempo. Gente eu detesto fazer compra de supermercado. Acompanhar a lista, escolher produtos mais baratos, encher o carrinho, enfrentar a fila do açougue, a da padaria e por último a fila do caixa, essa é a pior.
Se vou na parte da manhã, atrasa o almoço. Eu com fome já fico com aquela cara no qual me cabe o ditado popular “cara feia pra mim é fome”. Se a gente vai à tarde, acaba com o sábado ou domingo, únicos dias que a gente pode aproveitar para estar com os amigos ou descansar. Mas enfim, é necessário e por isso não da pra reclamar, mas gostar é outra história. 

Hoje tive uma ideia melhor pra poder juntar o útil ao agradável e assim não tornar o programa de índio chatérrimo. O útil é fazer as compras e o agradável é fotografar no supermercado.

Então bora fazer compra.
Para isso escolhi um look favorável, leve, pouca maquiagem (look para compras de supermercado). Acho que ninguém ouviu isso, às vezes eu piro mesmo, normal.  
Agora é hora de escolher os produtos que vão para o carrinho, só que de forma mais animadora, descontraída e divertida. Meu marido quem fez as fotos, excelente fotógrafo amador, não se importa em fazer compras, então pra ele encher o carrinho, enfrentar filas e acompanhar a lista é suave, no stress!

Depois da moda de rua e shopping, os grandes supermercados são ambientes onde circulam grandes números de pessoas bem vestida. É comum encontrar muita mulher estilosa e sofisticada apenas para escolher o tomate que vai pra mesa do almoço ou jantar.

Aproveitando esse dia chuvoso, e que não colabora para sair de casa, decidi colocar em prática essa ideia, e com o look escolhido, saiu o que vocês vão ver agora:













Casaquinho preto e bolsa: Via Brechó
blusa top: Farm
Calça: Havan
Sandália: Feita a mão pela WS Shoes

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Minimalismo

A briga de dois polos: Afirmação e Contradição.


Eu confesso, um lado de mim é extremamente minimalista, sou daquelas que se pudesse, sairia na rua do jeito que levanta da cama.
Eu sempre ouvi a seguinte frase na hora de sair: Você vai assim?
Ou então minha mãe dizendo: Não vai passar nenhum batonzinho?

Não é preguiça não gente, é que o excesso me incomoda.
Na minha primeira grande festa fiz cabelo(escova), maquiagem, usei todos os acessórios possíveis, salto, meia calça, e o vestido que não podia amarrotar. Tudo conforme manda o figurino. 
Quando terminei a produção me perguntei, como faço pra me mexer agora, posso caminhar, posso olhar para o lado, não vai estragar o cabelo? E as unhas? Posso abrir a bolsa que não vai sair o esmalte? Senti que não podia nem respirar direito. Naquele momento o melhor a fazer era pra pousar de manequim num canto qualquer da festa.
Fiquei linda mas, cadê o conforto, a leveza pensei. Vários pensamentos pairavam: preciso sair de dentro desse casulo. Quero caminhar rápido, que se dane o batom se eu beber alguma coisa, eu não vou retocar no banheiro.

Nada foi tão confortante quanto chegar em casa e tirar tudo aquilo. E guardar para a próxima ocasião.

No fundo, sempre acreditei na beleza natural. Eu admiro a beleza das mulheres e o sacrifício para manter a beleza, mas ainda assim acredito na beleza natural.

Ás vezes a gente precisa deixar-se revelar para o mundo. 
Nunca me preocupei com creme anti-rugas, poucas vezes pintei o cabelo. Fazia luzes para cobrir o branco, e alisamento porque cabelo crespo leva muito creme e tempo pra moldar.
Ah sim, eu faço uma limpeza de pele sempre, faço minhas sobrancelhas pra não virarem taturanas, é necessário fazer depilação lógico. As unhas também faço mas não pensem que marco presença todo fim de semana na manicure. Aliás eu mesma faço as unhas do meu jeito. Há uma infinidade de coisas que eu faço e outras que nunca gostei de fazer, e sempre achei desnecessário. E também existe uma diferença entre o cuidado com a aparência e o excesso.

Por que a mulher precisa se arrumar tanto gente?
E um amigo disse o seguinte: se você não se arruma, seu marido vai olhar pra outras mulheres. Quem não gosta de ver uma mulher bonita?
E eu respondi, concordo com você mas meu marido gosta da minha beleza, ele me conheceu assim. Poderia ele ter ficado com uma mulher mais sexy. Além do mais a mulher se arruma pra outra mulher, quem não sabe? Poucas ouvem a opinião do marido na hora de se vestir.

E olha hoje a ironia do destino, sou blogueira de moda, com muito orgulho sim senhores. Mas como? Eu adoro falar de moda. Gosto de fazer minhas fotos, criar, combinar. Aliás eu tenho uma lista de ideias pra postar. E isso não tem nada ver com com meu lado minimalista. Acho que num determinado tempo da minha vida, assim como acontece com muitos, precisei me reinventar.

Eu já colecionava sapatos desde cedo como vocês já sabem. As roupas vieram depois e da mesma forma que acontecia com os sapatos, a linguagem das roupas tinha de ser diferente pra mim. De tal forma que o diferente se fizesse belo e atraente. O mundo está cheio de beleza comum.
A procura, o garimpo por coisas raras ou que me atraíam, fez com que eu já não soubesse mais o que fazer com tanta bagagem. 
Então estudei consultoria de moda e imagem, juntando com pesquisas, juntando com não aceitar a dica de uma amiga em vender parte de tudo que adquiri com o tempo, porque tudo que tenho gosto. Criei o blog. 

Se vestir é uma arte. A roupa ideal não é aquela que a vitrine te apresenta. Mas sim aquela que você pensa. A roupa nada mais pode ser do que representar você.
Ainda sou designer e amo minha profissão, ser blogueira só me completa.

Sou minimalista, mas de vez em quando há um outro lado dramático, meio romântico. Sem excessos.



Malu querida do Via Brechó que me ajuda com os looks vintage!



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Como Combinar Cores Parte 2

Existem várias formas de combinar cores, e esta que vou mostrar é bem simples e facilita a vida. Acho bem prático.
Aprendi na faculdade de design usar o círculo de cores complementares para criar projetos. E resolvi aplicar o mesmo método para combinar roupas e acessórios. Funciona muito bem.

A cor complementar, também conhecida como cor de contraste ou cor oposta, é aquela que você pode combinar com a cor escolhida. Para isso é preciso seguir o círculo abaixo, ele é padrão, vocês podem buscá-lo na internet porque ele representa a roda de cores complementares:


Para auxiliá-la você pode imprimir este círculo e colar na parte de dentro do seu guarda roupa.
Trace uma linha reta a partir da cor escolhida e você encontrará a cor complementar dela, é a cor que está sempre de frente uma pra outra.
Dessa forma são exemplos de cores complementares:

O VERDE COM O VERMELHO
O AMARELO COM O VIOLETA
O AZUL COM O LARANJA

O preto, cinza, branco, bege claro e nude são cores neutras, também conhecidas como cores de fundo, por isso elas não estão no círculo e vocês podem usá-las no mesmo look junto com as cores complementares. As cores neutras podem ser usadas nos acessórios ou sapatos por exemplo.



O azul com laranja são cores complementares. Outra vez entrou a sandália preta no look, mas ela poderia ser branca, cinza ou nude que não prejudicaria o visual.


Cores Análogas
Vocês podem usar o mesmo círculo anterior para compor as cores análogas. Mas eu vou exemplificar com esse pra melhor entendimento. 

Cores análogas são aquelas que ficam ao lado uma da outra na roda de cores, diferente da cor oposta ou complementar. São cores que se aproximam.

Assim sendo as combinações de cores análogas podem ser:
AZUL ESCURO COM AZUL CLARO
VERDE COM AMARELO ESVERDEADO
VERMELHO COM SALMÃO
ROSA COM VIOLETA
E por aí vai...

Você pode por exemplo usar uma blusa azul clara e uma jaqueta azul escura, com uma saia de cor neutra como branca, creme, bege claro, nude, preta ou cinza. Lembre-se sempre dessas cores neutras, é importante.
Você pode também usar uma blusa vermelha com uma saia salmão, ou uma calça preta com blusa verde e sapato azul esverdeado.
Combinar cores análogas deixa o visual muito elegante e mais sóbrio.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Marca por Menos

Hoje fui visitar o shopping Outlet Premium em Itupeva-SP. Pra quem ainda não teve oportunidade de conhecer é uma ótima opção para quem gosta de marca mas não pretende gastar muito.
O shopping concentra lojas de grandes marcas nacionais e internacionais com descontos de até 70%. Isso porque é pra lá que vão as coleções passadas, quando as lojas são abastecidas pelas novas.
Dentre elas encontrei a Farm, onde consegui comprar por menos da metade do preço algumas peças maravilhosas!!!
Gosto das coleções da Farm porque elas são ricas em detalhes, estampas alegres, apliques e possui aquela sintonia com a natureza. São roupas muito bem trabalhadas e pensadas.


 A Farm resume marca com arte.



Algumas lojas que encontrei por lá





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Vale uma Selfie!

Blusas Alongadas!

Eu não sou fã de usar tudo que estoura na mídia, porque tenho uma leve impressão de que o que eles querem é nos dar um uniforme. Impor um padrão de beleza, como todo mundo já sabe. Por conta disso muitas mulheres não sabem qual é o seu verdadeiro estilo, aquele que nasceu com ela. 
O que você gosta de verdade?
O que arrepia a mulher é estar desatualizada. Isso faz com que ela não esteja apenas antenada no que está acontecendo no mundo da moda, como a faz comprar o Boné da John John e fazer uma selfie. (uma pausa aqui, porque outro dia eu estava no clube e uma mulher sentou à beira da piscina com o boné da John John e fez várias selfies para as amigas, e o famoso biquinho francês). Não são todas tá gente, mas o que relato aqui são pesquisas e vivências, ok. E sem críticas!
Estou por dentro da moda!
Os custos com campanhas publicitárias são exorbitantes, contando com pessoas famosas para divulgar determinado produto, modelos muito magras, e um único objetivo: fazer com que as pessoas tenham o desejo de comprar a roupa, muitas vezes porque aquela atriz maravilhosa está usando no outdoor. E com certeza mulheres se identificam com a atriz e não com a roupa.
Sim ela não compra uma roupa, compra um ideal de beleza, e será que essa roupa ficará tão legal no corpo dela quanto no corpo da atriz do outdoor?
Se identificar com a roupa.
Aqui é outra história. Os estilistas respeitáveis pelo mundo todo estão aí para trazer novidades. Eu compro sim uma roupa ou produto da moda se esse me trouxer o conforto e praticidade que preciso. E quanto mais criativa for a roupa, mais ela me conquista.
No quesito CRIAÇÃO, a loja Renner está se superando. 
Um caso que fiquei sabendo depois que comprei.
As blusas alongadas com ou sem franjas foram uma das invenções que gostei muito nos últimos anos. Elas tem um caimento super! Para quem é minimalista, elas são práticas, e fogem do look básico, apesar de ser básica, e o tecido também. Geralmente são de algodão. Além disso tem aquela coisa de mostrar e esconder. 
Elas foram inspiradas no estilo das cantoras de funk Anitta e Ludmila. Fiquei sabendo depois, que adquiri várias, de todos tamanhos e cores. Essa blusa permite usar de várias formas em várias ocasiões. Dessa vez eu não fui induzida por nenhum anúncio. Muitas vezes fui, confesso.
Ficou legal em mim, curti, levei pra casa! Vale uma selfie. 
Cada uma sabe dentro de si o que vale ou não uma selfie! Sendo ou não aquele ideal de beleza ou a "modinha". Tanto faz.






sábado, 13 de fevereiro de 2016

Nomes de Roupas

Queridos amigos,
Hoje eu falo por vídeo. 




Comentários, são sempre bem vindos! Até a próxima.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Poder do Sapato

O Início...

Minha história com a moda começou com o amor pelos sapatos. Já desde cedo com meu primeiro emprego comecei minha coleção. Eu tinha 17 anos. Antes disso, eu só tinha um par para sair e outro pra ir à escola.
Com o tempo fui conhecida como a menina dos sapatos, ou centopeia. Cheguei ter mais de 100 pares.
Eu ficava deslumbrada não por olhar na vitrine e achar o sapato bonito. Não, ele tinha que ter algo a mais, uma diferença em relação aos outros, que fizesse me sentir diferente e não bonita. Pra mim, o belo era o diferente. Eu atribuía essa função ao calçado. 
Tinha aquela conversa entre eu e o sapato: ele olhava pra mim e eu perguntava pra ele: me convença por que eu o levaria. E o sapato respondia, olha eu posso combinar com aquela blusa que você vai usar no domingo a tarde, ou posso te deixar mais alta.
E o sapato tinha uma grande responsabilidade.
Nessa busca pelo sapato ideal eu escolhi duas lojas que podiam me atender levando em conta o conforto e a matéria-prima, sendo elas a Ibiza e a Márcia Amaral (pena que hoje já não tenha mais tantas criações devido a crise).
Hoje eu não tenho tantos sapatos mais, porque na época de faculdade precisei vender alguns pra pagar o curso.
Mas tenho os que mais gosto e os que são necessários.
Os que mais gosto são aqueles cujos detalhes e cores não servem pra qualquer ocasião, são mais específicos.
Os necessários são aqueles que a mulher precisa ter pra combinar com qualquer roupa, geralmente são preto e bege, com ou sem salto.

O sapato e a roupa
Quando você monta um look, o sapato tem grande importância. Pois de nada adianta ter aquela roupa linda e maravilhosa se você coloca um sapato que vai estragar todo o empenho que você usou até chegar aos pés.
O sapato não precisa necessariamente combinar com a roupa, até 3 cores no look é legal. Mas você terá de decidir qual é a peça forte que deseja usar, se o sapato ou o vestido por exemplo. Para não passar excesso de informação às pessoas.
Se você quer chamar atenção para o vestido pelos seus detalhes, corte ou brilho, é interessante usar um sapato neutro. Do contrário, se a peça em cena for o sapato, acredito que um vestido menos chamativo traga mais harmonia ao visual.

Vocês sabem que influência tem o sapato com a roupa e o corpo da mulher?
O sapato tem o poder de deixar a roupa mais atraente, ou menos atraente. Imagine colocar uma saia lápis com uma sapatilha? Fica legal, fica, não há regras se você se sentir bem. Mas imagine a mesma saia com uma sandália com salto. Muda. Ao meu ver fica bem melhor.
O sapato alonga as pernas, mas ele também pode te deixar ainda mais baixinha se você já é.
Há os que deixam a mulher mais elegante, outros mais menina, ou mais velha, os que passam imagem mais descontraída, ou mais comum. Esse poder que só o sapato tem, muitas vezes independe da roupa. É possível conhecer uma mulher pelo sapato que ela usa.
Às vezes a mulher não consegue acertar no look desejado simplesmente por causa do sapato. Ele tanto pode ajudar como atrapalhar.
Então é de extrema importância quando se vai comprar um sapato pensar no que você já tem dentro do guarda roupa, ou ele poderá ficar guardado e você gastar dinheiro à toa. O mesmo vale para roupa, pense que sapatos poderão combinar antes comprá-la.
É isso gente, o sapato continua sendo minha paixão, antes ele era sempre a peça de peso do meu visual. Hoje eu gosto muito das roupas também, faço com que de vez em quando, a roupa seja a peça chave.
Mas tudo começou..... com os sapatos.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Moda Consciente

Compartilhar e reciclar!

Se na vida a gente recicla muitas coisas, o mesmo podemos fazer com a moda.
Nossas roupas não precisam ser descartáveis.
Não estou dizendo que devemos parar de comprar. Mas comprar com consciência.
No momento em que você doa ou vende sua roupa que não usa mais à um brechó ou bazar beneficente, outras pessoas poderão utilizá-las. E a busca do “novo” não é tão necessária, não a todo momento.
Muita gente não sabe o que existe por trás do excesso de consumismo na moda. A mão de obra escrava e o impacto ambiental
O documentário "The True Cost" retrata bem essa triste realidade.


Trabalhadores nas grandes fábricas de costura asiáticas se sujeitam à péssimas condições de trabalho e salários miseráveis, por falta de alternativa. Vivendo sem o mínimo necessário que um ser humano precisa. Sem educação, sem saúde, levando seus filhos para o trabalho por não terem com quem deixar. São tratados e vistos como "coisas" e não como gente. 


O consumo desenfreado pela moda rápida e barata acaba incentivando a terceirização de mão de obra barata (escrava) causando grandes tragédias.
Centenas de mulheres e crianças foram mortas em fábricas incendiadas ou que desabaram por falta de estrutura adequada.

Essa mulher conta que uma das paredes do prédio em que trabalhava e que já possuía rachaduras caiu sob suas pernas. Ninguém tomou providência.

A moda rápida e barata não tem nenhuma preocupação com um conceito ou criação, nada disso. Sendo único interesse o lucro. O que os grandes comerciantes querem é vender rápido, em grandes quantidades e lucrar muito. Lucro esse que só favorece à eles mesmos, comerciantes.


Menores de idade também trabalham nesses ambientes.

O descarte de produtos químicos das indústrias têxteis afetam de forma catastrófica o meio ambiente e consequentemente à água e os alimentos, fazendo com que o mísero salário desses trabalhadores sejam para comprar medicamentos.
O mesmo acontece na agricultura, trabalhadores morrem intoxicados no cultivo do algodão que exige cada vez mais pesticidas ou agrotóxicos. 

O comerciante justifica que para seu negócio sobreviver é preciso cobrir o preço do concorrente. Uma camiseta é vendia por 5 dólares, se o concorrente vende por 4 dólares, ele é obrigado vender por 3. E isso só é possível com a terceirização da mão de obra. 
Dessa forma o trabalhador dessas fábricas ganha cerca de 2 dólares por dia na Ásia, para abastecer as grandes lojas.

Muito comovente, uma trabalhadora em seu depoimento pede que não comprem as roupas que foram feitas com seu sangue e o sangue de seu filhos. 

Trabalhadores e seus filhos (Índia).

Apenas 10% das roupas que os consumidores não usam mais vão para os brechós. O restante vai para o lixo.
Antigamente compravam-se 3 ou 4 peças de roupa por ano, hoje a cada festa ou balada pessoas sentem a necessidade de comprar peças novas. O poder de compra aumentou nos últimos anos ou as roupas estão baratas demais? 

São jornadas de trabalho excessivas. 

Desconfiem de roupas baratas demais, procurem saber de onde vem essas roupas para que a gente não alimente cada vez mais esse mercado fast-fashion.
Pessoas voltando e indo para as fábricas.

Quem puder assistir esse documentário saberão melhor o que vi e estou abordando nesse blog. Afinal é de extrema importância essa consciência. 
Na região onde moro tem pelo menos 10 lojas com nome "Tudo 10,00". Camisetas, shorts, calças, vestidos. Qualquer peça custa R$ 10,00. Uma vez perguntei ao vendedor, quanto era seu lucro em cima de cada peça e ele respondeu que ganhava R$ 2,00. E o aluguel da loja, um barracão, 3 mil por mês. 
Com essa informação não é difícil a gente perceber que tem algo errado acontecendo.
E nas grandes lojas também isso acontece, principalmente em grandes marcas populares.

Tudo bem que estamos vivendo uma crise mundial, veio a inflação,foi preciso baixar os preços. Mas devemos pensar naqueles que, para sobreviver têm de arriscar suas vidas. Sejamos justos.

Hoje com a internet e o comércio on-line estamos na era do "compartilhar, trocar, reciclar". Isso é muito bom e podemos aproveitar mais. Existem brechós on-line, um deles é o "Repassa", muito conhecido por divulgar produtos bons, usados, novos e semi-novos, pensando no bem comum. 

Então amigos, seja porque não serve mais ou porque enjoou, pare e pense. Será que realmente preciso comprar outro vestido, ou mais blusas?

Aqui vão algumas dicas do que podemos fazer com nossas roupas.

Eu peguei um vestido que não gostava mais, retirei as alças e transformei numa saia.

Esta bermuda era um macacão, tirei a parte de cima e de baixo, cortei até altura dos joelhos, depois a costureira só fez a barra.


Este colete jeans era uma camisa na realidade, que me cansei e pedi pra cortar as mangas pra poder usar no calor, e assim fazer a regra da terceira peça, que está super na moda.

Tem muita coisa que podemos fazer de legal com nossas roupas, uma delas é a customização. Tenho várias peças customizadas, é muito bacana. Falarei melhor em outro artigo.

O documentário "The True Cost" também fala da possibilidade do comércio equitativo. É aquele em que favorece condições de vida decentes aos trabalhadores da indústria têxtil e das fábricas de costura, e os produtos são vendidos a preços justos e acessíveis à população. Não visando somente o lucro.

Segue trailer do documentário:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Folia de Carnaval

"Se você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique 
E água vem do ribeirão"

Isso aí gente boa! Carnaval se foi, mas muita animação ainda fica na lembrança. E o tum tum dos tambores em nossos corações! 
Prestigiar essa nossa grande festa cultural em alguns blocos de rua foi muito prazeroso e pra lá de divertido.


Já dizia o compositor Dorival Caymmi: 
Quem não gosta de samba 
bom sujeito não é
é ruim da cabeça
ou doente do pé.

Bloco Cultural União Altaneira em Barão Geraldo - Campinas
Uma mistura sensacional de samba e artes cênicas.
A marcha percorreu a Avenida mesmo com chuva forte.


 As meninas do teatro e eu.



Bloco do Paredão em Sousas - Campinas 
Samba em clima familiar! Foi a tarde toda, com até banda sertaneja.